Boa parte das vítimas de assalto em Nilópolis não registram B.O.
"Graças a Deus que não fizeram nada de grave com você". Foi com essa frase que um policial atendeu, em fevereiro deste ano, a funcionária de uma escola do bairro Nossa Senhora de Fátima, ao registrar o Boletim de Ocorrência (B.O.) na 57ª DP (Nilópolis). Ela havia acabado de sofrer um assalto quando esperava o ônibus na Rua Marechal Castelo Branco.
Além do trauma físico e psicológico, a funcionária teve ainda que se deslocar, de ônibus, até a delegacia que fica no bairro Cabuís. A dificuldade e a burocracia, fizeram a professora conviver até hoje com a sensação de que fazer o Boletim de Ocorrência (B.O.) não tem a mínima importância, pois, até agora não há nenhuma informação sobre o paradeiro do homem que, após colocar uma arma na cintura da professora, a obrigou a dar todos os pertences, inclusive uma quantia alta em dinheiro, que seria usado para pagar a prestação da residência onde mora. "Sinceramente não adiantou de nada fazer o registro, dei todas as informações e inclusive, possíveis locais onde o bandido poderia estar e nada foi feito. Infelizmente não há interesse da polícia em investigar", declarou a professora, que por medidas de segurança, não revelou a sua identidade.
O pensamento da professora representa a ideia de muitos nilopolitanos que já foram vítimas de furtos e roubos e não foram até a delegacia registrar o caso. Para o coordenador do Núcleo de Estudos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pedro Bodê, a questão só será resolvida quando a polícia ganhar a confiança da população. “O número de não registros é inversamente proporcional à crença das pessoas de que o boletim possa fazer alguma diferença”, explica. “Nos casos de registro criminal, as pessoas têm ainda mais resistência para se relacionar com os órgãos. Eles não se aventuram a fazer os boletins porque têm de enfrentar burocracia demais ou recebe um péssimo tratamento.”
A explicação do especialista vai ao encontro do que ocorreu com a professora: a burocracia é um dos principais fatores que levam os cidadãos a não registrarem B.O. quando são vítimas de crime.
De acordo com as autoridades de segurança pública é extremamente importante que se proceda ao registro de qualquer violência praticada, pois somente assim, será possível identificar as áreas onde há necessidade de aumento no número de policiais. Os registros são agrupados e assim formam a chamada Mancha Criminal, permitindo aos batalhões de policia agirem conforme os dados.
Além do trauma físico e psicológico, a funcionária teve ainda que se deslocar, de ônibus, até a delegacia que fica no bairro Cabuís. A dificuldade e a burocracia, fizeram a professora conviver até hoje com a sensação de que fazer o Boletim de Ocorrência (B.O.) não tem a mínima importância, pois, até agora não há nenhuma informação sobre o paradeiro do homem que, após colocar uma arma na cintura da professora, a obrigou a dar todos os pertences, inclusive uma quantia alta em dinheiro, que seria usado para pagar a prestação da residência onde mora. "Sinceramente não adiantou de nada fazer o registro, dei todas as informações e inclusive, possíveis locais onde o bandido poderia estar e nada foi feito. Infelizmente não há interesse da polícia em investigar", declarou a professora, que por medidas de segurança, não revelou a sua identidade.
O pensamento da professora representa a ideia de muitos nilopolitanos que já foram vítimas de furtos e roubos e não foram até a delegacia registrar o caso. Para o coordenador do Núcleo de Estudos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pedro Bodê, a questão só será resolvida quando a polícia ganhar a confiança da população. “O número de não registros é inversamente proporcional à crença das pessoas de que o boletim possa fazer alguma diferença”, explica. “Nos casos de registro criminal, as pessoas têm ainda mais resistência para se relacionar com os órgãos. Eles não se aventuram a fazer os boletins porque têm de enfrentar burocracia demais ou recebe um péssimo tratamento.”
A explicação do especialista vai ao encontro do que ocorreu com a professora: a burocracia é um dos principais fatores que levam os cidadãos a não registrarem B.O. quando são vítimas de crime.
De acordo com as autoridades de segurança pública é extremamente importante que se proceda ao registro de qualquer violência praticada, pois somente assim, será possível identificar as áreas onde há necessidade de aumento no número de policiais. Os registros são agrupados e assim formam a chamada Mancha Criminal, permitindo aos batalhões de policia agirem conforme os dados.
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