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Cineasta de Nilópolis tem filmes premiados no Brasil e no exterior

Os primeiros desenhos de Marcelo Marão, de 44 anos, eram rabiscados em blocos dos funcionários do tradicional armarinho Estrela Dalva, em Nilópolis, para onde ia com o pai, Jorge Mourão Filho, dono da loja. "Eu fazia flipbook (uma coleção de imagens organizadas página a página num caderno, que quando folheado dá movimento aos desenhos), que é o primórdio do desenho animado", conta Marão.

[caption id="attachment_51705" align="aligncenter" width="500"]MARCELO MARÃO Foto: Divulgação[/caption]

Agora, 20 anos após o lançamento de seu primeiro curta, “Cebolas são azuis”, o morador da Baixada já é premiado no Brasil e até nos Estados Unidos. Seu último filme, “Até a China”, levou dezenas de troféus no último ano, ganhando inclusive a categoria melhor curta-metragem do nacional Anima Mundi, segundo maior festival de animação do mundo. E não para por aí: Marão acaba de ganhar um edital para fazer seu primeiro longa-metragem. "Vai ser uma animação em preto e branco, mas não é infantil", frisa ele.

Criado entre gibis, Marão, que é formado em Desenho Industrial, sempre soube que iria trabalhar com animação. “Cebolas são azuis” foi meu projeto de graduação. Foi desenhado à mão",  lembra.

O estilo de trabalhar atual é parecido, ainda com traços a lápis. Marão já fez trabalhos para publicidade e chamadas para as novelas “O beijo do vampiro” e “Cordel encantado”, da Globo. Apesar da carreira consolidada, ele ainda se surpreende com o sucesso de “Até a China”, que surgiu após uma viagem para o país oriental, onde concorreu num festival com “Engole ou cospervilha”. "É a impressão de um brasileiro na China. O filme tem várias coisas que não são piadas, mas são bizarras".

Momento bom para o mercado


Na semana em que o Brasil é indicado ao Oscar de melhor animação com “O menino e o mundo”, de Alê Abreu, Marcelo Marão não esconde a empolgação com o mercado nacional.  "Sempre achei que o primeiro Oscar do Brasil seria por animação".

Presidente e fundador da Associação Brasileira de Cinema de Animação em 2003, Marão diz que o mercado está em “progressão geométrica”. "A maioria dos profissionais trabalha em séries de TV, o que dá estabilidade. Hoje são tantas as opções de trabalho que a gente pode escolher o que fazer".
Fonte: Extra

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